segunda-feira, 25 de julho de 2011

COMPARANDO A EDUCAÇÃO FAMILIAR ENTRE A MODERNIDADE E A CONTEMPORANEIDADE

Já parou para pensar o no valor que está sendo atribuído à educação dispensada aos filhos no presente tempo? É possível, por meio de uma análise comparativa temporal do tipo de educação que os pais aplicavam aos filhos há 40, 50, 60 anos e afirmar com firmeza que o tipo metodológico utilizado pela modernidade é absolutamente falho, na grande maioria das famílias. Para ajudar a incrementar a metodologia, uma lei que proíbe as palmadas entrou em vigor recentemente, o que é absolutamente, um desperdício de tempo, tanto do poder legislativo como do poder judiciário, o que certamente, implica em longo prazo, em prováveis aumentos do número de processos por “agressão” de pais contra filhos. Evidentemente, esta é uma forma de aumentar o movimento cíclico dentro da área jurídica, que por consequência proporciona aumento da arrecadação dos profissionais. A metodologia de criação e educação dos filhos de décadas passadas implicava em regime disciplinar rígido, no tratamento dos filhos com os pais, com professores, com pessoas da sociedade, com mulheres, com senhoras, enfim. Lembro-me que ao entrar na sala de aula nas décadas de 70 e 80, o (a) professor (a) ou diretor (a) eram recebidos (as) com um ato de respeito, em que todos os estudantes se colocavam em pé. Os pronomes de tratamento clássicos eram utilizados e cobrados; existia respeito pelos símbolos nacionais, havia temor dos filhos para com os pais, os filhos tomavam a bênção dos pais, tios e avos, enfim, havia o reconhecimento pelas crianças, jovens e adolescentes, da autoridade que as pessoas tinham sobre eles, até mesmo pela idade. Atualmente, a palavra utilizada por um estudante para se dirigir ao seu professor e mestre é uma abreviatura da palavra professor, como uma gíria radical (Próf), bem como dos filhos para com os pais, hoje não é senhor, senhora, mas você, e para com os idosos ou mais velhos, é tio, tia, tiozinho... Pai e mãe são símbolos hoje, não de exemplos de educação e respeito, mas de suprimento material, de servidão em regime de dedicação exclusiva, para não dizer escravidão paternal. Filhos tratam os pais com as seguintes expressões: cara, meu, mano, quando não, utilizam tratamento agressivo para com pais, e outros tipos de autoridades. E a lei proíbe as “palmadinhas”. Os filhos da atualidade olham para o pai como um almoxarifado, ou como um banco, ou como um serviçal, bem como para a mãe, como uma serviçal com obrigações inacabáveis. E a lei proíbe as palmadinhas. No passado, um olhar do pai era o suficiente para os filhos entenderem o que deveria ser feito. Ainda uma palmadinha, um “safanão” ou até mesmo uma surra era uma forma de punição e educação, utilizada sim, mas sem violência, apenas com amor e o respeito e temor eram ressuscitados diante destas formas metodológicas. Até na escola houve o tempo da mão à palmatória, joelho no milho, etc. O respeito era cultivado de forma sagrada e todos os filhos tinham o conhecimento do significado, em essência, das palavras “responsabilidade”, ”respeito”, “obediência”, “ordem”, “hierarquia”. Na atual época, se os pais não cuidarem mais seriamente dos limites dos filhos, eles acabam por se tornarem reis sobre a casa, sobre os pais, e são aplaudidos até mesmos pelos próprios pais. E a lei proíbe as palmadinhas. Atualmente, uma criança abandonada, sob tutela do governo pode ser adotada por duas pessoas de relacionamento homoafetivo, sendo esta criança alvo das influências distorcidas criadas por todo um mundo obscuro, imoral e total e absolutamente contrário à natureza e normalidade da estrutura familiar estabelecida desde a fundação do mundo e pela Carta Magna. E a lei proíbe as palmadinhas. Como reagiria, o autor da lei que proíbe as palmadinhas, se seu filho, lhe agride verbalmente e até mesmo fisicamente...ficaria quieto, tentando se auto aplicar à lei ou, como pai, lhe imporia a autoridade que lhe é devida, e se caso necessário, lhe daria umas palmadas? Não que palmada seja a única forma eficaz, mas num segundo momento, uma boa conversa, aconselhamento, entendimento, presença, enfim, levaria a sanar o problema. Geralmente, as falhas dos filhos possuem como agentes etiológicos, falhas dos pais na metodologia educacional dispensada aos filhos. Nas décadas passadas, as coisas que ocorrem atualmente não tinham a frequência e o grau que têm hoje. Isto é real. Mas a lei proíbe as palmadas. É uma tremenda perda de tempo e falta de conteúdo de um legislador em elaborar algo tão sem necessidade como isso ao passo, que o contrário deveria ocorrer: mais rigor na educação, mais rigor e incentivos para a classe educadora e de segurança pública.
Infelizmente, a modernidade está com uma visão retrógrada, em uma direção anterógrada e lamentavelmente opressora. O objetivo da lei é a regulação, contudo está sendo utilizada como imposição. Assim, esta evolução social é uma evidência da progressão intensa, a caminho do fim.

Por Dermeval Reis Junior