Dr. Dermeval Reis Junior
Estudioso em Teologia/Filosofia
e-mail: drj.fcr.epm@hotmail.com
skype: dermevalreisjunior
Nos últimos tempos, possivelmente a partir do Século XX, tem
se intensificado ações que entende-se por fanatismo, em vários setores sociais
do cenário mundial. Uns, são fanáticos por futebol, outros, fanáticos por
religião, outros, por carros, outros por causas até desprezíveis. O fato é que,
este fanatismo, não é só um “apelido” que expresse o quanto alguém gosta do
quê. É algo mais intenso, exacerbado e, muitas vezes, talvez, em todas as
vezes, muito aprofundado. Eu mesmo, conceituei meu entendimento sobre
fanatismo em certa ocasião, da seguinte forma: “Penso que o fanatismo é
resultado patológico da falta de isenção e neutralidade racionais, a respeito
de uma concepção filosófica, religiosa e/ou ideológica “. Um outro conceito
pode ser: “faccionismo partidário; adesão cega a um sistema ou doutrina;
dedicação excessiva a alguém ou algo (Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa).Hitler,
o fanático mais conhecido de nossa época, foi também o promotor da perseguição
mais sangreta já
conhecida na história além do ser o maior exaltador do fanatismo e intolerância
humana. Em seu livro, “Mein Kampf” , é
possível conhecer esta face maligna, onde ele escreve: “o porvir de um
movimento depende do fanatismo com que se exaltem seus partidos...e a grandeza
de qualquer organização ativa...reside no espírito de 'religioso fanatismo' e
'intolerância' com que se ataca a todas as demais, fanaticamente convencidas”
(1924, 124-125). O momento atual mostra que atualmente os relacionamentos sociais estão sendo
levados às pequenas esferas fanáticas, onde há sempre algo ou alguém a receber
dedicação excessiva. Um bom exemplo, são os conchavos políticos, onde são
fanáticos por poderes, cargos de frente, pastas importantes. Outro exemplo, é o
fanatismo religioso, entre diversas seitas, como Testemunhas de Jeová,
Budistas, Naturalistas e Naturistas, grande parte de evangélicos. Nos esportes,
o fanatismo é muito evidente entre os integrantes de torcidas organizadas, que
matam e morrem, brigam e se esfolam, se submetem à prisão. Fanatismo para com
artistas, atores e cantores, bandas, enfim. Mas, entre todos, está algo comum:
a reclusão em si mesmo. O fanatismo é capaz de prender uma pessoa, de maneira
cega e sem fundamentos. Faz de uma pessoa, seu escravo, dia e noite, em casa e
fora dela, entre amigos ou só. Um bom exemplo, e muito atual, é o fato de haver
pessoas cegas (fanáticas) que optam por dar crédito à quem estas ‘idolatram’,
com é o caso de muitos políticos e de muitos artistas e de muitos jogadores e
de muitos religiosos, além dos grupos minoritários. Exemplificando: Marta
Suplicy é idolatrada, Marco Feliciano é idolatrado, Neymar é idolatrado, o papa
é idolatrado e, pior, venerado!!! Até Hitler, fanático, foi e, em alguns nichos, continua
sendo ‘idolatrado’. Estas pessoas, (exceto Neymar e o papa), só chegaram onde
estão, porque foram convencidos de que deveriam dispensar atenção máxima à
elas. Abrindo um parênteses, vejamos o conceito de “Latria”: “adoração, amor
excessivo, idolatria”, fecha parênteses. Deve ter havido alguma ‘promessa’, algo que pactue
uma ‘troca’, em troca de algo totalmente aquém. Uma compra barata de ‘credibilidade’.
O senso de equilíbrio não existe no fanático. Ele extrapola limites e não
avalia circunstâncias. Chegam a ser tão incautos que não possuem senso de
discernir nem seus problemas pessoais. Ou seja, o fanatismo assume total
responsabilidade sobre o descontrole daquele que o porta. Quando associado à
idolatria, o quadro torna-se mais grave.
As consequências são inúmeras, mas o fanático não atribui circunstâncias consequentes
ao ato fanático que as gerou. Apenas corre ao encontro de ajuda, por
simplesmente não ter a mínima noção de “o que fazer”. Lamentável, pois o
fanatismo, segundo a definição do Dicionário Houaiss, tem a cegueira como uma
característica. Isto pode ser traduzido para a incapacidade de intelectualizar
racionalmente o ambiente circunstancial em cada setor da vida do fanático. Ele
pode ser conceituado popularmente como um “burro”, ou , mais, corretamente,
como "incauto intelectual" ou "incompetente social". Assim, espera-se o quê, de quem não tem nada a
oferecer, exceto a burrice para agraciar a sociedade, principalmente, quando
são exigidos em períodos eleitorais. Dão um péssimo presente à sociedade, com
seus votos, ótimos políticos para serem descartados, no lixo!!!